04
Fev 11

Viver a vida dançando

Com amor eu sei que consigo sentir a felicidade inerente a um beijo nos lábios, a um abraço quente. E então porquê que por vezes escolho deixar de amar, como será possível eu deixar de querer sentir felicidade tão profunda que as lágrimas escorrem pela face sem doer, sem magoar? Quero, muitas vezes, acreditar que deixar-me ir pelo caminho mais fácil torna-se menos doloroso, menos frustrante.

 

Pois a pergunta que me assola, algumas vezes, é eu vou-me entregar e depois, se não funciona? Se não sinto amor de volta, se não me amam igual ao que eu amo? E hoje dei por mim a pensar, e depois? Afinal queres ou não entregar-te? Queres ou não queres sentir felicidade? Se não te entregares “nunca” saberás…Assim a curiosidade levou a melhor e vim de casa até ao meu canto de Momento de Mudança a sorrir. A entregar sem pensar o que vou ter de volta. Não quero ser importante, quero ser feliz!

 

Tenho estado neste modo, de curiosidade…e deixar fluir! O que acontecer será novo o suficiente para aprender algo, para melhorar algo, para fazer igual algo que funciona. E assim a vida parece ser mais ritmada, mais dançável e como eu ADORO DANÇAR!

 

Rodopiar por entre os sonhos, flexibilizar o corpo estabelecendo formas e limites diferentes, sentir, amar, ouvir e nada ter que dizer…isso, nada! Dançar será isso, ser feliz com o amor que sentimos e deixar que os outros, todos os outros vivam por si e em si a experiência de nos olhar por entre as suas coisas, as suas palavras, o seu ser!

 

Talvez, seja isso.

 

Esta ideia agora parece-me interessante. E levantando a mão vou rodopiar para o meu passado, para o meu agora, calmo, tranquilo, a fluir e talvez voe até ao futuro, dançando. Viver a vida dançando parece-me interessante!

 

Hoje, amanhã e quando eu quiser vou dançar…viver a vida dançando!

publicado por Momento de Mudança às 11:15 | comentar | favorito
música: I a Bird Now
22
Dez 10

Coisas!!!

Existem algumas coisas sobre as quais eu poderia escrever, falar, contar. Poderia e não o farei, simplesmente!


Tenho passado os meus dias a desenvolver conversas, parcerias, encontros, tarefas e tenho a sensação que a maioria delas eram mesmo para acontecer. Esta coisa já me perturbou. Do género, vou para uma reunião que tinha o tempo definido de 1 hora e acabo por lá ficar 3 pois existem outras “coisas” a trabalhar. Estranho? Eu já me habituei. E o meu companheiro já brinca com esta coisa…de ir e ficar!


Talvez nos possamos debruçar, sem cair, neste assunto, nesta premissa: existem situações que aparecem e parecem que estão bem onde estão, como que encaixadas num puzzle. Pessoas que nos surgem no caminho, e que faz todo o sentido, parecem que auxiliam na concretização do nosso objectivo.


Os objectivos que defini para 2011, alguns deles, têm como intenção aumentar a minha congruência, elevando assim o meu índice de qualidade como pessoa e profissional. E tenho desenvolvido algumas relações que me têm auxiliado muito neste percurso. Pessoas alinhadas e pessoas desalinhadas, o que me tem dado a oportunidade de ver como passa esse alinhamento e, claro, como desaparece o alinhamento. Tenho-me divertido!


Então o que faz com que estas pessoas estejam a aparecer neste momento no meu caminho, vivemos na mesma cidade desde que nascemos, até entendo que tenhamos sítios distintos, escolas distintas, amigos distintos, mas caminhamos hipoteticamente pelas mesmas calçadas. Eu até poderia ficar presa a esta análise. Poderia e não o farei, simplesmente!


O que meu foco vai para a aprendizagem que possa fazer, para o agora (o que está a acontecer). Se estas “coisas” acontecem, qual a melhor forma de elas me serem de facto aprendizagens? E isso leva-me a escolher caminhos, formas, atitudes, comportamentos que serão, até ver, os mais adequados.


Assim, o que vale mais a pena para mim, analisar até à exaustão ou usufruir do momento?

Estou tentada a dizer: Usufruir do momento, e digo, simplesmente!


Um Bom Natal e um ano de 2011 cheio de “coisas”.

publicado por Momento de Mudança às 12:39 | comentar | favorito
05
Ago 10

Um dia deixa de fazer sentido olhar para trás

Sentei-me, com um calor bom e um espaço em branco para escrever e pareceu-me bem escrever sobre o facto de ter escolhido a não possibilidade de o meu pescoço rodar. Sim, parece que se tornara impossível ver parte da minha omoplata. E até me dava algum prazer, pois acredito que tenho umas costas bonitas e essas têm inicio nos meus ombros.


Eu tinha 5 anos quando tive a minha festa de anos mais fantástica, estava num local que eu gostava, com muitos amigos e tinha uma montanha de prendas para abrir e lembro que me senti só. Isso, para mim, é bom! Eu preciso de espaço, de me sentir só, comigo! Um alinhamento que me auxilia a ouvir o meu respirar, o meu corpo e a respeita-lo enquanto meu. Talvez tenha sido nestes momentos que comecei apreciar olhar as minhas costas, até onde conseguia. Estava comigo e estar comigo satisfaz-me!


Aceito que muitas vezes choro pelo passado, por pensar que ele já não está cá. Mas a maior parte das vezes falo nele para me recordar das coisas que fiz e que gostei de fazer e me fazem ser o que eu sou! Ajudas ou desajudas no meu crescimento…eu acredito que tudo ajuda, pois tudo me construi.


Mas hoje é um dia em que eu decidi que as minhas costas já são bonitas e que tal fazer com que a minha barriga, o meu umbigo fossem igualmente bonitos. Olhar para a frente, fazer da minha frente o melhor de mim. Esta é a minha decisão, a minha tomada de posição.


Para que seja possível olhar à minha frente, não posso deixar de olhar as minhas costas, mas sem dúvida que o meu foco, o meu caminho vai passar pelo meu umbigo, pelo meu fazer, pelo meu gostar.


Assim, o feitiço desta semana é fazer com que o teu pescoço se vire até que vejas as tuas costas, mas até ao ponto necessário para que não te esqueças que tens frente, que tens futuro e que se não o vires ele vem igualmente.


As escolhas são sempre tuas, mesmo quando pensas que não escolhes.

publicado por Momento de Mudança às 22:25 | comentar | favorito