Educação com Amor!

 

'educar' vem do latim educare, por sua vez ligado a educere, verbo composto do prefixo ex (fora) + ducere (conduzir, levar), e significa literalmente 'conduzir para fora', ou seja, preparar o indivíduo para o mundo.

 

Quantas vezes escolhemos educar? Quantas vezes definimos como queremos educar? Quantas vezes definimos, escolhendo que princípios pautarão a forma de educação?

 

Algumas vezes nos meus encontros com pais e educadores estas perguntas são colocadas à plateia e muitas vezes depois delas surge um ”haaa!” generalizado. Sim, nós temos que decidir, temos que escolher, temos definir uma ou várias intenções para o acto de preparar uma outra pessoa para viver fora de si, com o mundo e sobre o mundo.

 

O que pode acontecer quando não escolhemos intencionar? Certo, qualquer coisa serve. Qualquer acção serve, pois não desenvolvemos um objectivo, não desenhamos uma possibilidade de futuro, logo qualquer futuro serve. Correcto?

 

Partindo desta premissa, podemos pensar que muitos pais criam os seus filhos sem nunca terem pensado que adolescentes gostariam ter em casa, que adultos querem promover para o mundo e mais importante que pais querem ser.

 

Isso faz com que qualquer atitude, qualquer conjunto de valores, qualquer forma de estar sirva. Pois aí é que está! Depois os pais não querem filhos X ou Y. No entanto foram pais X ou Y. Quando aplicamos violência física aos nossos filhos, estamos a mostrar que essa é uma forma de actuar com os outros e com o mundo. Será isso que queremos promover?

 

Muitas vezes eu oiço: “Um puxão de orelhas, isso não é violência física.” Sim, isso é violência física. Uma palmada no rabo é violência física, uma palmada nas mãos é violência física. O levantar de uma mão em forma de repressão é também violência física. Pois muitas vezes a questão não está só na lesão física causada e está, também, na percepção obtida com o gesto. O que eu vejo muitas vezes é os pais agredirem as suas crianças e depois ficarem muito chocados quando elas em idades posteriores batem nos colegas, nos próprios pais, etc….

 

 

 

Os filhos, no principio, fazem o que viram fazer. A violência física não ensina a responsabilidade, expõem o medo. Que tipo de relação quer ter com os seus filhos. Quer que eles o respeitem, o admirem como pessoa, que reconheçam as suas emoções ou escolhe que eles tenham medo. Você decide!

publicado por Momento de Mudança às 21:26 | comentar | favorito