15
Fev 11

Sinto bela!

Porque há dias assim, em que me sinto bem, linda, gira e até sensual…Ui, ui! E porque há dias em que não me sinto tanto assim! Afinal onde está a diferença, o rosto ao espelho é mesmo, a pele é a mesma…isso acreditava eu!

 

Ao final do dia a minha filha pediu para vermos fotografias, álbuns grandes e coloridos cheios de histórias e recordações de momentos, grandes ou menos grandes mas que eu gosto de contar e ela gosta de ouvir, e em cada foto ela pede a história inerente ao mesmo. E eu conto e vejo o que já passou, recordo gargalhadas, choros, viagens, paladares e cheiros que amei, que detestei e que me fizeram ser o que sou hoje! Em algumas fotos pareço tão jovem, os olhos revelam a ingenuidade dos poucos anos e algumas revelam a frustração, a magreza do corpo em outras lembra a fragilidade de emoções que senti e as rugas de momentos no passado fazem-me lembrar que agora estou sem elas…como é possível?

 

Deixar de ter rugas, aquelas rugas? Hoje sinto-me mais jovem, mais bonita que há alguns anos atrás, e é um facto que algumas rugas desapareceram, julgo que porque já não fazem falta! Sei que sorriu mais, sei que brinco mais, sei que danço mais e isso faz-me bem!

 

Olhar-me ao espelho é bom, tenho algumas marcas do meu tempo, da minha vida, dos meus momentos e sinto que aquelas marcas mais profundas e que me deixavam inconfortável comigo já cá não estão. Ser feliz é melhor, dá trabalho, e é muito melhor!

publicado por Momento de Mudança às 21:39 | comentar | ver comentários (2) | favorito
05
Jan 11

Caixa do Nada

Estive de férias! Fabuloso como podemos estar de férias a produzir ainda mais. Pois foi isso que eu fiz, tirei férias e o meu cérebro não parou…Pois eu sei, ele não pára assim sem mais nem menos e eu continuo de boa saúde, mas entendem o que eu quero dizer.


Então passei algum tempo a desenvolver, se isso é possível a minha “caixa do nada”.


Vários estudiosos aceitam que os cérebros do homem e da mulher são distintos, não só em tamanho mas também na sua estrutura. Isto é, sabemos que o tamanho não importa, e o que fazemos com ele é muito mais relevante. Assim, esses mesmos autores admitem que os homens têm a sua actividade cerebral organizada por caixas, digamos por modalidades de assuntos, grandes temas e esses mesmo temas não se misturam, não se mesclam…que coisa mais estranha. Pois é, e parece que é mesmo assim! E nós mulheres, pois já se imagina, não existem caixas, é tudo ao molho e fé em deus. O que quer dizer que conseguimos estar a pensar no que vamos fazer logo ao jantar, a doença do gato, a roupa para a menina e ainda a cara estranha que fez aquela pessoa hoje de manhã e produzir perguntas: será que ela está bem?


Cansada? Claro! É assim que nós funcionamos, segundo esses senhores que estudam o cérebro, e então eu lembrei-me que queria também ter uma caixa do nada, um momento em que ficamos sem pensar de facto em nada, num vazio de produção mental…é que deve ser mesmo relaxante. A contar com o ar do meu companheiro, quero mesmo acreditar que sim.


Então no percurso da minha história e conquista, dei por mim a parar de pensar…pois, talvez não no primeiro dia, pois dava por mim a retirar sentido de alguns ruídos que me invadiam. No segundo dia, também julgo que não fui eficaz, porque eu sentia-me estranha e a medir o tempo, logo ainda não tinha atingido o acto de me babar acordada. Ao terceiro dia, já não sei em que pensava, o que não quer dizer que não pensasse. Ainda não sei se já atingi a caixa do nada, no entanto, o meu companheiro diz que às vezes eu pareço aluada, longe, sem reacção em frente a televisão e se de facto ele me perguntar o que estava a dar eu respondo - Não sei!


Será que esta história da caixa do nada é uma questão de treino? Se é eu chego lá. Ai chego, chego, nem que tenha que fazer feitiço. Porque também quero momentos de nada, de babar em frente a televisão, de ser mais sem ser nada…Deve ser brutal.

 

Um excelente 2011

publicado por Momento de Mudança às 14:57 | comentar | favorito